Os casos de coqueluche estão em alta ao redor do mundo, despertando atenção para a importância da vacinação. De acordo com os dados mais recentes do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, já foram registrados mais de 32.000 casos este ano, seis vezes mais do que no mesmo período do ano passado. Este é o maior número de registros desde 2014. A seguir, exploramos os sintomas, a transmissão e as melhores formas de prevenção contra essa doença respiratória altamente contagiosa.
O que é a coqueluche e como ela se manifesta
A coqueluche, ou Pertussis, é uma infecção bacteriana que afeta o sistema respiratório e é altamente contagiosa. Para muitas pessoas, a doença começa com sintomas leves, semelhantes aos de um resfriado comum, como coriza, febre baixa e tosse leve. Entretanto, dentro de uma ou duas semanas, esses sintomas podem evoluir para uma tosse intensa e dolorosa, conhecida como “tosse quintosa” ou paroxística.
A gravidade da tosse quintosa
Essa tosse intensa frequentemente causa episódios graves que podem levar ao vômito e, em casos mais extremos, até mesmo à fratura de costelas devido ao esforço. Ela geralmente é acompanhada por um som agudo durante a inspiração, o famoso “guincho”, enquanto o paciente tenta recuperar o fôlego. Essa fase da tosse pode durar semanas ou até meses, tornando a recuperação longa e debilitante.
Por que os casos de coqueluche estão aumentando?
Durante a pandemia de COVID-19, as taxas de coqueluche caíram drasticamente devido às medidas de isolamento social e precauções contra o coronavírus. Contudo, a redução das restrições e a retomada das interações sociais fizeram com que a doença voltasse a níveis pré-pandemia. Além disso, os picos de coqueluche ocorrem ciclicamente a cada dois ou três anos, contribuindo para o aumento observado atualmente.
O impacto da baixa cobertura vacinal
Um dos principais fatores para o aumento dos casos é a queda na cobertura vacinal. Atualmente, as taxas de vacinação estão muito abaixo da meta de 95%, deixando milhares de crianças vulneráveis à doença. Além disso, a imunidade gerada pela vacina pode diminuir ao longo do tempo, tornando necessário o reforço em adolescentes, adultos e mulheres grávidas.
Quem está mais vulnerável à coqueluche?
Embora a coqueluche seja séria para pessoas de todas as idades, crianças menores de 1 ano são as mais vulneráveis. Seus sistemas imunológicos ainda estão em desenvolvimento, e muitos bebês não completaram o esquema de vacinação necessário para proteção total. Adultos que convivem com crianças pequenas e pessoas acima de 60 anos também estão em risco e devem priorizar a vacinação.
Como prevenir e tratar a coqueluche
A vacinação é a principal forma de prevenir a coqueluche. As crianças devem tomar a vacina DTaP, enquanto adolescentes e adultos devem receber o reforço TDaP. Mulheres grávidas também são recomendadas a se vacinarem para proteger seus bebês nos primeiros meses de vida.
Tratamento disponível
O tratamento com antibióticos é eficaz nas primeiras semanas da infecção, antes do início da fase de tosse intensa. Após esse período, o tratamento se concentra no alívio dos sintomas, incluindo repouso e hidratação, enquanto o corpo combate a infecção. É fundamental identificar os sintomas precocemente e buscar atendimento médico o mais rápido possível.
Atenção redobrada com a chegada do outono/inverno
Com a aproximação do outono e inverno, não apenas os casos de coqueluche aumentam, mas também outras doenças respiratórias como a influenza, o vírus respiratório sincicial (VSR) e a COVID-19. A melhor forma de proteção é manter a vacinação em dia e adotar medidas preventivas adequadas para reduzir os riscos.
Conclusão
A coqueluche é uma ameaça séria, especialmente para crianças pequenas e pessoas com imunidade comprometida. O aumento dos casos reforça a necessidade de uma cobertura vacinal ampla e atualizada. Proteger-se contra essa e outras doenças respiratórias é essencial, especialmente com a chegada das estações mais frias. Mantenha-se informado, vacine-se e cuide da saúde de sua família!
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