A dengue é um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil, especialmente em 2024, quando o número de casos e mortes atingiu níveis alarmantes. Com a mudança no sorotipo predominante do vírus e condições climáticas favoráveis à proliferação do Aedes aegypti, a situação exige atenção redobrada. Neste texto, você encontrará os principais dados, desafios, e as soluções em andamento para combater essa grave epidemia.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 1º de janeiro e 28 de dezembro de 2024 foram 6.649.338 casos de dengue em território nacional, com 6.016 mortes e outras 913 em investigação. Para se ter ideia da dimensão do problema, o número de mortos pela doença em 2024 foi maior que a soma dos óbitos dos sete anos anteriores. Entre 2017 e 2023, foram 4.331 mortes registradas. Em comparação com 2023, o aumento de casos foi de 400%.
A dengue representa um grande desafio de saúde pública por ter quatro sorotipos. A infecção por um deles não “blinda” o organismo infectado de contrair a doença mais uma vez. A partir de 2023, o Brasil teve uma mudança do sorotipo circulante predominante, o subtipo 2, o que ajuda a explicar a escalada de casos. No entanto, os especialistas temem o retorno da circulação dos subtipos 3 e 4 do vírus, pois grande parte da população brasileira ainda não foi exposta a eles.
A preocupação é maior no primeiro semestre, quando as temperaturas mais altas aliadas às chuvas propiciam maior proliferação do mosquito. Segundo dados do Ministério da Saúde, 75% dos criadouros do mosquito ficam em imóveis residenciais, o que dá a dimensão da importância do controle dos focos nesses locais.
A população desempenha um papel essencial no combate à dengue. Algumas ações simples e eficazes incluem:
- Não deixar água parada em recipientes como pneus e vasos de plantas.
- Tampar caixas d’água e outros reservatórios.
- Descartar lixo de forma adequada.
O controle da dengue no Brasil também conta com uma tecnologia chamada “método Wolbachia”. Ele consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia. Ao se reproduzirem com os insetos locais, é formada uma nova população com essa bactéria, que impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, zika e chikungunya e reduz a transmissão dessas doenças.
O Ministério da Saúde também investe na compra de vacinas para reduzir o número de casos. Porém, o número de imunizantes fabricados ainda é limitado e a pasta decidiu privilegiar a vacinação do grupo mais afetado por infecção, a população de 10 a 14 anos. Segundo as autoridades, foram comprados de 9,5 milhões de doses, o que contempla pouco mais de 4,5 milhões de pessoas, pois são duas as doses necessárias para a imunização adequada.
Em dezembro de 2024, o Instituto Butantan solicitou à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) a aprovação de uma nova vacina. Quando tiver a autorização, deve haver vacina em larga escala para os anos de 2026 e 2027
Fonte: O Dia – 08/01/2025
A dengue continua a ser uma ameaça significativa à saúde pública no Brasil. Com medidas preventivas, tecnologias inovadoras e o esforço conjunto da população e das autoridades, é possível enfrentar esse desafio de forma mais eficaz. Agir hoje é essencial para proteger o futuro.
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